O tipo de cirurgia deve ser escolhido juntamente com o médico, de acordo com as condições clínicas e preferências da pessoa. Essas cirurgias podem ser feitas com o corte normal no abdômen ou por videolaparoscopia, onde apenas pequenos cortes são feitos durante a operação:
1. Banda gástrica
Esta é o tipo de cirurgia bariátrica menos invasiva e consiste em colocar uma banda, em forma de anel, em volta do estômago, de forma que ele diminua de tamanho, contribuindo para uma menor ingestão de alimentos e de calorias.
Normalmente, este tipo de cirurgia apresenta menos riscos para a saúde e tem um tempo de recuperação mais rápido, mas seus resultados podem ser menos satisfatórios que as outras técnicas. Saiba mais sobre a colocação de banda gástrica.
2. Bypass gástrico
O bypass é uma cirurgia invasiva na qual o médico retira uma grande parte do estômago e depois liga o início do intestino à porção restante do estômago, diminuindo o espaço disponível para a comida e reduzindo a quantidade de calorias absorvidas.
Este tipo de cirurgia possui ótimos resultados, permitindo perder até 70% do peso inicial, no entanto também tem mais riscos e uma recuperação mais lenta. Entenda melhor como é feito o bypass gástrico.
3. Gastrectomia vertical
Ao contrário do bypass gástrico, neste tipo de cirurgia, que também pode ser conhecida como “cirurgia de sleeve“, o cirurgião mantém a ligação natural do estômago ao intestino, removendo apenas uma parte do estômago para o tornar menor que o normal, reduzindo a quantidade de calorias ingeridas.
Esta cirurgia tem menos riscos que o bypass, mas também possui resultados menos satisfatórios, permitindo perder cerca de 40% do peso inicial, sendo semelhante à banda gástrica.
4. Derivação biliopancreática
Nesta cirurgia é retirada uma parte do estômago e a maior parte do intestino delgado, que constituem a principal região onde ocorre a absorção de nutrientes. Desta forma, uma grande parte dos alimentos não é digerida ou absorvida, reduzindo a quantidade de calorias da dieta.
No entanto, e embora uma boa parte do intestino delgado seja retirada, a bile continua sendo liberada no primeiro pedaço do intestino delgado que é depois ligado à porção mais final do intestino delgado, de forma a que não exista interrupção do fluxo de bile, mesmo que a comida já não esteja passando nessa parte mais inicial do intestino delgado.
Possíveis riscos da cirurgia bariátrica
Os riscos da cirurgia bariátrica estão ligados principalmente à quantidade e gravidade de doenças associadas à obesidade, sendo as principais complicações:
- Embolia pulmonar, que é o entupimento de um vaso sanguíneo do pulmão, causando dor intensa e dificuldade para respirar;
- Sangramento interno no local da operação;
- Fístulas, que são pequenas bolsas que se formam nos pontos internos da região operada;
- Vômitos, diarreia e fezes com sangue.
Normalmente essas complicações surgem ainda durante o período de internamento hospitalar, e são rapidamente resolvidas pela equipe médica. No entanto, dependendo da gravidade dos sintomas, pode ser necessário fazer uma nova operação para corrigir o problema.
Além disso, é comum que após a cirurgia bariátrica os pacientes apresentem complicações nutricionais como anemia, deficiência de ácido fólico, cálcio e vitamina B12, podendo ocorrer também desnutrição nos casos mais graves.
Via tuasaude.com